Mary de visita ao Corno de África - Entrevista
Link para ver o vídeo, em dinamarquês:
http://www.bt.dk/bttv/clip/19418
Tradução:
Como é que viveu esta experiência no maior campo de refugiados do mundo?
Tem sido uma experiência difícil. Mas, ao mesmo tempo, uma experiência com esperança. Porque é preciso ter em mente que aqueles que chegam ao campo de refugiados recebem a ajuda de que precisam. Mas não consegues parar de pensar naqueles que ainda não conseguiram chegar até aqui. Estão provavelmente muito pior. Mas pode-se ver que a maneira como os refugiados são recebidos é muito eficiente. São recebidos e imediatamente redirecionados para um sítio onde possam permanecer. São inoculados contra o pólio e o sarampo. Aqueles que estão em situações muito graves vão para uma clínica que nós também visitámos, incluindo crianças severamente mal-nutridas e, consequentemente, com doenças.
Presumo que seja particularmente difícil ver crianças mal-nutridas?
Sim, claro que é. Naturalmente. É algo a que não estamos habituados. É algo em que pensei bastante antes de vir até aqui. Como é que iria reagir quando o filtro que temos em casa desaparecesse. Acho que vou continuar a pensar nisto durante muito tempo.
O choque ainda não desapareceu?
Não, ainda não. Quando estás lá tens que ter em mente que estas pessoas já passaram por muitas coisas potencialmente mortais e não faz sentido eu ficar lá a chorar por causa do seu destino. Devemos, sim, ouvir a suas histórias e desejar-lhes um futuro melhor para que nasça neles uma esperança.